Retina
É a estrutura ocular responsável por captar os estímulos luminosos do ambiente em estímulos elétricos, que podem ser interpretados por nosso cérebro. A retina é uma fina camada que recobre o fundo do olho, e é composta por tecido neurológico, sendo, portanto, um prolongamento do cérebro. Por isso, danos à retina devem ser sempre evitados, pois muitas vezes podem acarretar danos irreversíveis. A região central da retina recebe um nome especial: mácula. Dependemos desta região para nossa visão de detalhes. Diversas doenças acometem a retina, mas felizmente graças ao desenvolvimento tecnológico observado nas últimas décadas, existem tratamentos para muitos destes problemas, quer sejam clínicos ou cirúrgicos. Especificamente na região da mácula, podemos citar as seguintes doenças mais comuns: • Degeneração macular relacionada à idade (DMRI); • Edema (inchaço) macular secundário a diabetes ou tromboses da veia da retina; • Buraco de mácula; • Membrana epirretiniana; • Toxicidade relacionada ao uso de derivados de cloroquina ou de tamoxifeno. Além da mácula, o restante da retina pode ser afetado por doenças como o diabetes e a hipertensão arterial. Em casos avançados, podem se formar novos vasos que crescem para dentro do olho e sangram no gel vítreo, necessitando-se muitas vezes de cirurgias para remoção dos coágulos e cauterização/fotocoagulação com laser. A queixa mais frequente relacionada à retina são as “moscas volantes”, descrição usual de quando o paciente passa a ver pequenos objetos como “moscas, fios de cabelo ou teias de aranha” flutuando na visão de um dos olhos. Isto geralmente ocorre quando o vítreo (gelatina que preenche a parte posterior do olho) descola da retina. O descolamento da retina é uma condição relativamente comum, geralmente relacionadas a buracos que se formam na periferia da retina. A retina, como já foi dito, pode ser imaginada como o papel de parede que recobre o fundo de olho, e quando descola, é como se este papel de parede desgrudasse e caísse para o centro da sala. Os principais fatores de risco para rasgaduras de retina são traumas oculares e alta miopia (acima de 6 graus), mas mesmo pessoas sem estes fatores podem ter descolamento de retina. Geralmente, os primeiros sintomas são novas moscas volantes e/ ou flashes luminosos, que antecedem ao descolamento. Por esse motivo, essas queixas sempre preocupam o médico oftalmologista e devem ser valorizadas. Pessoas com novas moscas volantes ou flashes de luz devem ser rapidamente examinadas com a pupila dilatada, para uma checagem cuidadosa da periferia da retina. Caso seja encontrado algum rasgo/ buraco na vigência destes sintomas, este rasgo deve ser cauterizado com laser a fim de ser selado e prevenir o descolamento da retina. Caso a retina descole, deixa de receber nutrição adequada e as células visuais começam a se deteriorar, de modo que o descolamento de retina deve ser corrigido com urgência, se possível antes da mácula ser afetada. Uma pessoa com descolamento de retina se queixa de uma cortina escura, que progressivamente recobre o campo de visão. No campo onde a retina está descolada, a visão fica escura e se o centro for afetado, a visão cai bastante. Existem cirurgias para o tratamento do descolamento de retina Em resumo, a retina é uma parte do olho que pode estar alterada em diversas condições. Por este motivo, é muito importante o exame oftalmológico completo, com a dilatação da pupila. Devido aos avanços tecnológicos, hoje em dia conseguimos tratar diversos problemas da retina com êxito. Para um bom resultado, o exame precoce seguido do tratamento apropriado é fundamental. Portanto, em caso de dúvida, consulte o oftalmologista para uma orientação adequada.