Oftalmogeriatria
Oftalmogeriatria trata-se de um olhar específico da oftalmologia para o envelhecimento e para qualidade de vida do idoso, visto que há um aumento da expectativa de vida e do número de idosos no mundo e no Brasil. Vários estudos indicam o impacto e interferência negativa da baixa visual na qualidade de vida e na manutenção da saúde mental do idoso, favorecendo o isolamento pela perda do controle sobre o ambiente à sua volta e pelo medo ao sair de casa. A qualidade de vida do idoso está relacionada à manutenção da autonomia e a deterioração da visão abala o estilo de vida do indivíduo, afetando principalmente a leitura, a capacidade de comunicação e de dirigir veículos, além de aumentar o risco de quedas, fraturas, etc. A piora visual aumenta em duas vezes o risco de queda, em três vezes o risco de depressão, de quatro a oito vezes o risco de fratura do quadril, favorece a internação em asilos mais precocemente e aumenta em duas vezes a dependência social.
Principais alterações decorrentes do envelhecimento ocular: - Rugas ao redor dos olhos e frouxidão das pálpebras que deixam de fechar completamente e causam lesões oculares. - Mudança nos astigmatismos e halo senil na periferia da córnea. - Conjuntiva mais delgada, áspera e frágil e diminuição da quantidade e qualidade da lágrima, dando sensação de olho seco, areia ou incômodo. - O humor vítreo fica mais liquefeito, pode descolar, causando as famosas “moscas volantes” e pode tracionar a retina periférica, causando flashes na periferia da visão. - O cristalino vai ficando opaco (catarata) - Degeneração macular relacionada a idade (DMRI) pode surgir. O profissional especializado em oftalmogeriatria consegue tratar o paciente de maneira mais completa, tratando o paciente como um todo e não apenas a patologia ocular.